quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Um sorriso, uma esperança

“A gente não faz caridade, faz justiça social através da odontologia”. É dessa forma que Felipe Rossi define o trabalho desempenhado pela ONG Por1Sorriso, cuja missão é levar atendimento odontológico para comunidades carentes ao redor do mundo. O fundador da organização complementa a nobre missão da entidade com outra analogia: “a gente não faz dentes, faz sorrisos”. 
A ONG atua principalmente em comunidades extremamente carentes e com pouco acesso à assistência. Um exemplo é a ação feita no Xingu, no Mato Grosso, onde realizaram gratuitamente 723 procedimentos com uma equipe de 12 voluntários. Já passaram também pelo Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas Gerais. Além disso, a Por1Sorriso já estendeu as ações para fora do Brasil, com ações em Moçambique e no Quênia, países da África. 
A ideia para a criação do projeto surgiu após o fundador realizar uma viagem para Moçambique. Ele estava em uma ação voluntária da ONG Missão África e conta que voltou muito impactado com a experiência. “A gente viu a extrema necessidade de tudo, então eu quis fazer algo na minha área”, comenta ao BHAZ. 
 Além de oferecer serviços odontológicos, atualmente as ações também levam os serviços médicos às comunidades, através de uma equipe multidisciplinar. Felipe Rossi tem o desejo de fazer a Por1Sorriso crescer cada vez mais, mesmo no que ele acredita ser um momento difícil para a credibilidade das Organizações Não Governamentais. “Foi batido muito em cima das ONGs. Uma organização séria, como a nossa, acaba pagando o preço disso”, lamenta. 
O dentista acredita que o serviço odontológico é um mercado segregador, já que muitas pessoas que não têm acesso. “Tive o privilégio de estudar, agora quero devolver para a sociedade de alguma maneira. A gente não cuida de dente, cuidamos de gente”, declara. Felipe conta que um dos sinais da importância do atendimento odontológico foi a repercussão do projeto. “Recebi mais de 5 mil mensagens pedindo tratamento e ajuda”, revela.




sábado, 9 de novembro de 2019

Brasileira ganha prêmio por desenvolver filtro de água solar capaz de matar bactérias

A baiana Anna Luísa Beserra só tem 22 anos, mas já coleciona uma série de conquistas. Do reconhecimento em olimpíadas de física, biologia, astronomia até premiações ligadas à inovação. E principalmente pelo Aqualuz, um purificador de água que usa os raios solares para matar bactérias e torná-la potável. Graças à invenção, ela foi a primeira brasileira a vencer o prêmio da ONU voltado a jovens com propostas para o meio ambiente. A tecnologia de baixo custo já foi testada e está em fase de produto. Atualmente 53 famílias e cerca de 265 pessoas usam a solução.
A ideia do Aqualuz saiu do papel e trata-se de uma tecnologia criada para purificar água de cisternas (que armazenam a água de chuva). Ele é um reservatório criado com uma superfície de vidro que funciona acoplado à cisterna. A água armazenada nela é bombeada até o dispositivo e o processo de limpeza acontece automaticamente ao receber os raios solares. "Não usamos placas [que captam a energia do sol]. A passagem da luz do sol é direta na água. A combinação da radiação com o sistema de calor consegue matar as bactérias", explica Beserra. O Agualuz tem um indicador que avisa quando o processo termina. O morador pode então pegar a água com a ajuda de uma torneira integrada ao reservatório.
Agora que terminou a faculdade, Beserra se dedica em tempo integral à sua startup. Sua invenção está na décima versão e seu objetivo é que órgãos governamentais possam usá-la para ajudar os brasileiros que vivem em regiões de seca, principalmente no semiárido nordestino. "A gente pode mudar o mundo de várias formas. E a ciência e a tecnologia são algumas delas".



Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/11/08/aqualuz-brasileira-cria-filtro-de-agua-sustentavel-e-vence-premio-da-onu.htm