Em nove anos, a ativista americana Jasmine Crowe servia comida aos sem-teto de Atlanta, no estado americano da Geórgia. Nesse meio tempo, percebeu que o combate à fome tem sido feito de maneira errada e que o problema não é uma questão de escassez de comida, e sim de logística.
Ela resolveu então criar um aplicativo para ser uma solução. Em dois anos, a plataforma Goodr já conseguiu desviar do lixo mais de 900 mil quilos de comida e levá-los para quem mais precisa, com a participação de cerca de 200 empresas doadoras, incluindo redes de fast-food, aeroportos, estádios e até mesmo a Netflix.
"O aplicativo funciona como um reverso do Uber Eats", explicou. Um restaurante, por exemplo, registra seus produtos, suas vendas e suas doações, usando um serviço de entrega de motoristas locais para levar a comida a organizações da região. A Goodr cobra das empresas uma taxa com base nas entregas, que pode variar de US$ 10 por mês ou até US$ 75 por delivery. Em contrapartida, a tecnologia usa a movimentação de produtos para fazer relatórios de sustentabilidade que mostram às organizações o quanto elas estão ajudando com a ação. Assim essas empresas podem receber incentivos fiscais por colaborarem com causas beneficentes.
"Com base nos dados, podemos dizer a um cliente: nas quartas, seus bagels estão sendo desperdiçados, você não precisa fazer tantos", disse.
"Com base nos dados, podemos dizer a um cliente: nas quartas, seus bagels estão sendo desperdiçados, você não precisa fazer tantos", disse.