quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Vote consciente - Conheça os candidatos e suas propostas


O período que antecede as eleições neste ano está sendo marcado por um acirramento ideológico a níveis não perceptíveis nos pleitos anteriores.

A ideologia lança o combustível capaz de anular as potencialidades da inteligência humana, e, com isso, ofusca o discernimento e a serenidade necessários para que a democracia seja exercida de forma respeitosa e tolerante.

Não por outra razão, a história está repleta de inúmeros exemplos em que a ideologia foi usada como forma de manipulação da sociedade para se lograr êxito na implantação de um projeto de poder em benefício de poucos, muitas vezes dissociado dos fins e objetivos altruístas inicialmente anunciados.

A partir desse panorama, a melhor forma de exercer o direito ao voto é substituir a cegueira ideológica por atitudes simples, mas de grande proveito e eficácia, como pesquisar  a fundo sobre o candidato - a sua história, a sua postura, os seus valores, já que tais aspectos certamente influenciarão a sua atuação política ao longo do mandato.

Além disso, é imprescindível conhecer as propostas dos candidatos, a fim de verificar se são passíveis de serem executadas e concretizadas, e ainda se possuem o potencial transformador e desenvolvimentista, pautadas no saudável equilíbrio entre a preservação da liberdade individual e do interesse público.

Pensando nisso, em relação ao cargo de presidente, seguem abaixo os links dos programas de governo dos candidatos, em ordem alfabética, para análise. Por fim, um site com a síntese das principais propostas e o link do TSE de divulgação de candidaturas e contas eleitorais.

Álvaro Dias

Cabo Daciolo

Ciro Gomes

Eymael

Fernando Haddad

Geraldo Alckmin

Guilherme Boulos

Henrique Meirelles

Jair Bolsonaro

João Amoêdo

João Goulart Filho

Marina Silva

Vera Lúcia

Síntese das propostas:

Divulgação das candidaturas e contas eleitorais:

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Terapia inédita com robô ajuda jovens autistas





Criada em 2014, a associação Robots!, com sede em Nantes, no oeste da França, promove ateliês para ajudar as crianças autistas a se socializarem. Um desafio possível graças à utilização do robô NAO, um humanoide criado em 2007 pela empresa japonesa Softbank Robotics, pode ser programado para dançar, cantar, conversar e exprimir emoções.

O projeto que ajuda crianças autistas começou há quatro anos, fruto de um trabalho conjunto entre o Centro de Psicoterapia para crianças do hospital da cidade e da associação Robots!, que milita para democratizar o acesso à robótica e à inteligência artificial. Gaboriau conta com o know-how da especialista em robótica Sophie Sakka, da escola de engenharia de Nantes. 

No início, ela conta que os profissionais da área da saúde estavam reticentes em usar o robô para tratar a doença. Para a engenheira em robótica, seu desconhecimento da patologia era o principal empecilho para levar o projeto adiante. "Minha apreensão era em relação ao autismo. Eu não conhecia nada sobre essa condição. Já os profissionais tinham essa apreensão em relação ao robô. Começamos então a treiná-los. Foram dois dias de formação. Eles perceberam que NAO era acessível e até mesmo limitado. Não um todo-poderoso. Não estamos em um filme de ficção científica" explica. 

A primeira experiência, em 2014, envolveu seis adolescentes autistas, que foram apresentados a três robôs. No decorrer dos ateliês, eles aprenderam a programar o humanoide para que fizesse gestos ou identificasse palavras, contasse uma história e até mesmo gravasse a voz dos jovens. Um desafio para pacientes com autismo, doença que compromete a capacidade de comunicação e interação social. 

A associação propõe vinte sessões anuais, que duram um ano. Elas devem respeitar o anonimato das crianças, que não podem ser filmadas ou fotografadas. Nesse tempo, os adolescentes preparam um espetáculo de final de ano, o resultado de tudo que aprenderam no período. 

Um dos textos utilizados para essa demonstração é "Uma História para Quatro Vozes", do escritor Anthony Browne, sobre um cão perdido. O tema, diz, ajuda os jovens a expressarem suas emoções e encontrar soluções práticas para certos dilemas que se apresentam. 

Segundo o fonoaudiólogo, rapidamente, os jovens começaram a utilizar o robô para falarem deles mesmos, inventar uma outra vida, como se NAO fosse uma espécie de fantoche. “É um objeto lúdico, que gera confiança e com quem dá vontade de interagir”, explica Rénald Gaboriau. “Ele não questiona, não julga, mas, ao mesmo tempo, os adolescentes sabem que se trata de uma ferramenta”, declara. 

Para os pais das crianças, o progresso é evidente: elas se expressam mais e e melhor e estão mais confiantes. "Temos o retorno das famílias, das escolas, de todas as pessoas que convivem com os jovens. Temos um método de avaliação para ver como eles evoluem. Percebemos que, ao longo do tempo, eles conseguem construir algo juntos, que têm uma relação com a situação proposta, e que, aos poucos, acabam atribuindo intenções aos outros", conta. 

Antes fechadas em seu mundo, as crianças mudam e acabam se abrindo mais aos outros, afirma o representante da associação. "Em nossa experiência, os adolescentes também aceitam estar em um grupo, o que para eles às vezes é muito complicado em função da condição, mesmo fora da escola", diz. 

Para dar continuidade aos progressos, Rénald Gaboriau propõe aos pais dos pacientes um segundo ano de ateliê, onde os jovens podem criar suas próprias histórias em vez de apenas contá-las através do robô."É um exercício ainda mais complexo. Inventar uma narrativa, coerente, coesa, e que os outros precisam entender. Guiamos nesse caminho em direção ao outro." 

Diante do sucesso da terapia, o projeto cresceu, ganhou vida própria e hoje está desvinculado do hospital francês. Os jovens também ganharam mais confiança. Alguns deles, que devido ao problema não podiam ir à escola, criaram laços afetivos com seus companheiros de ateliês. Outros, diz o fonoaudiólogo, mostram uma verdadeira aptidão para a programação e devem seguir carreira na área.


domingo, 5 de agosto de 2018

De refugiada a modelo: A história Adut Akesh



Adut Akesh nasceu em Kakuma (na fronteira entre o Quênia e Uganda), um campo de refugiados que abriga 187.000 foragidos da guerra civil do Sudão, ainda que sua capacidade seja menos da metade desse número. 

Aprendeu a escrever graças a sua irmã mais velha, sendo a única dos cinco irmãos que podia ir à escola. “Aproveitávamos a luz do dia para praticar já que de noite só tínhamos uma lâmpada a óleo”, disse à revista Vogue Itália em uma entrevista. 

Após passar por outros campos da ONU, chegou a um localizado em Adelaide, na Austrália. Lá o destino mudou sua sorte: um caçador de talentos lhe afirmou que seu futuro estava nas grandes passarelas. Aparentemente esse homem estava certo, porque no ano de 2017 a menina fez sua estreia nas passarelas, no desfile primavera-verão 2017 da Saint Laurent. Depois de sua primeira aparição, a menina começou a ser convidada por muitas marcas como Loewe, Givenchy, Valentino e Miu Mil para desfilar.

Agora a modelo de origem sudanesa utiliza seus conhecimentos caligráficos para estudar Economia à distância enquanto viaja por todo o mundo desfilando para as melhores empresas da moda. Acaba de ser escolhida pela Chanel como o rosto para apresentar a pré-coleção outono-inverno 2018/19, após abrir seu desfile de cruzeiro e ser a encarregada de fechar o de alta costura, vestida de noiva moderna e escoltada pelo próprio Karl Lagerfeld. Um privilégio reservado somente às modelos mais importantes do momento. Sua presença nos maiores shows da primavera e da próxima temporada confirma que Akech já está na lista exclusiva.



quarta-feira, 11 de julho de 2018

Brasileiro cria fogão movido à luz solar

Num dos corredores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um equipamento cheio de espelhos reflete a luz do sol. O objeto, que lembra uma antena parabólica, é um fogão solar.

Além dele, existem outras peças semelhantes espalhadas no ambiente. São protótipos de fornos, fogões e secadores desenvolvidos no laboratório de máquinas hidráulicas do curso de Engenharia Mecânica, coordenado pelo professor Luiz Guilherme Meira de Souza, que pesquisa a energia solar há 40 anos - 37 deles, na UFRN.

Os equipamentos, construídos com sucata, espelhos e outros materiais de baixo custo, podem ser alternativas viáveis para substituir o botijão de gás, assegura o pesquisador. Nos últimos 12 meses, o preço do botijão de gás aumentou muito acima da inflação e já consome até 40% das rendas das famílias mais pobres.

A ideia do fogão é simples: transformar a radiação solar em calor, criar um efeito estufa e usar esse calor para aquecer água, cozinhar, secar ou assar os alimentos.

Um dos experimentos, por exemplo, é um forno que teve um custo total de R$ 150 reais - valor equivalente a cerca de duas recargas de botijões de gás. O equipamento assou nove bolos ao mesmo tempo em uma hora e meia, somente com a energia captada da luz solar. Um forno convencional seria vinte minutos mais rápido, mas não teria capacidade para tantas assadeiras.

Idealizado pelo engenheiro Mário César de Oliveira Spinelli, 31 anos, o forno foi feito com MDF - uma chapa com fibras de madeira - espelhos e uma placa de metal, combinação de resina sintética com malha de ferro. 

De acordo com o professor Luiz Guilherme, no Brasil, apenas a Universidade Federal de Sergipe (UFS) conseguiu levar essa ideia para algumas comunidades pobres. Para ele, o produto poderia ser fabricado em larga escala se o Brasil investisse em pesquisas de tecnologia social. Mas os estudos que são realizados esbarram, na opinião dele, no desinteresse político, industrial e até acadêmico. 

 "A energia solar é uma energia social porque está disponível para todos, mas é a que menos tem investimentos porque o modelo de sociedade que nós temos sempre busca concentrar a energia e produzir pra vender e nosso trabalho não está na geração de energia pra vender", justifica o professor Luiz Guilherme. 

Apesar disso, as pesquisas no setor gerido pelo professor Luiz Guilherme continuam. Uma das últimas criações do laboratório de máquinas hidráulicas é um fogão com quatro focos construído com resíduos industriais e com fibras de juta, fibra têxtil vegetal utilizada nos sacos de estopa. 

O pesquisador garante que é o único no mundo. "Esse fogão é inédito. A literatura não mostra outro. É uma criação nossa, de um aluno de pós graduação. Esse fogão permite cozinhar quatro tipos de alimentos ao mesmo tempo", assegura Guilherme. 

É importante ressaltar que o fogão ou forno só funcionam satisfatoriamente em boas condições solares, das 09h da manhã às 14h. Alguns cuidados fundamentais também são necessários durante o manuseio, como o uso de óculos escuros para que a luz não reflita nos olhos. 

sábado, 12 de maio de 2018

Janela inteligente permite que passageiros cegos “sintam” a paisagem

Existe coisa melhor do que contemplar a paisagem das montanhas ou do mar enquanto você viaja para destinos que cruzam essas belezas? Pena que nem todo mundo tem esse privilégio. Estamos falando dos passageiros cegos ou com deficiência visual.
Ao contrário da maioria das pessoas, eles não podem contemplar essas maravilhas da natureza. Foi pensando nessa carência que iniciou-se o desenvolvimento de uma nova tecnologia representada por uma janela de carro inteligente que dará a esse grupo de pessoas a oportunidade de “sentir” a paisagem através do toque.
Batizado de “Feel the View” (Sinta a Visão), o dispositivo ainda está em fase de testes e usa uma tecnologia totalmente nova. Ele tira fotos que são transformadas em imagens preto e branco de alto contraste, depois reproduzidas no vidro por meio de LEDs especiais.
Com um simples toque, os diferentes tons de cinza vibram em uma escala de 255 intensidades, permitindo reconstruir na mente dos passageiros cegos os detalhes da paisagem. E mais: um assistente vocal, conectado ao sistema de áudio do carro, com inteligência artificial online, ajuda a situar o contexto da imagem, descrevendo o que está sendo tocado.
A novidade foi criada e desenvolvida pela matriz italiana da Ford e pela GTB Roma, com a colaboração da Aedo, startup italiana especializada em dispositivos para deficientes visuais. O Feel the View é uma evolução do método Braile, elevando seu conceito a um novo nível, para além das letras e números.
“Procuramos melhorar a vida das pessoas e vimos nesse projeto uma oportunidade fantástica de ajudar quem tem deficiência visual a experimentar um dos melhores aspectos das viagens de carro. A tecnologia é avançada, mas o conceito é simples e pode transformar passeios comuns em viagens memoráveis”, diz Marco Alù Saffi, da Ford Itália.

domingo, 6 de maio de 2018

UFMG lança serviço digital para combater fake news

As eleições deste ano trazem uma preocupação adicional - a proliferação das fake news. Pensando em combater esse mal, o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG lançou na última sexta-feira (13) o serviço digital para detectar fake news e comportamentos maliciosos em redes sociais para as eleições de 2018 no Brasil. 
Chamado Eleições sem Fake, o serviço está disponível no site e apresenta várias ferramentas que buscarão investigar ações políticas no Facebook durante a campanha eleitoral. 
Entre as buscas desenvolvidas pela equipe da UFMG estão a “Notícias lado a lado” que permitirá que o usuário visualize duas notícias sobre um mesmo político ou tema em diferentes jornais; a “Audiência dos Políticos no Facebook”, sistema que possibilita identificar quais os políticos preferidos ou preteridos por homens, mulheres, ou por pessoas com diferentes faixas de idade, nível escolar, renda, etc. 
Ao todo, o site traz cinco ferramentas digitais que vão fazer levantamentos que ajudarão a tornar mais transparente as relações dos políticos com os possíveis eleitores nas redes sociais. São elas: Audiência dos políticos no Facebook; Monitor de anúncios no Facebook; Bot ou humano?; Audiência dos sites de notícias; e Notícias lado a lado.

Acesse o site da UFMG: http://www.eleicoes-sem-fake.dcc.ufmg.br/


Fonte: http://www.soubh.com.br/noticias/tecnologia-2/ufmg-servico-fake-news-eleicoes/

sábado, 14 de abril de 2018

Um caixa eletrônico diferente





E se em vez de dinheiro ou comprovantes, dirigíssemo-nos a um caixa eletrônico para tirar contos, literatura e cultura.

Essa é a ideia da Short Édition, empresa francesa que criou uma espécie de caixa automático para incentivar a leitura. 

O display da máquina oferece três opções para os visitantes: leitura de um, três ou cinco minutos de duração. Em seguida, um conto é impresso em um papel em formato de recibo de acordo com o tamanho escolhido. As histórias são escolhidas por meio de um concurso virtual — o escritor interessado envia seu material e um júri escolhe quais contos serão disponibilizados nas máquinas.

A Short Édition já operava na Europa, mas ganhou atenção de outras partes do mundo ao ser contratada por Francis Ford Copolla. O diretor de O Poderoso Chefão tem um restaurante chamado Cafe Zoetrope em São Francisco, nos Estados Unidos, e adorou tanto a ideia que pediu que a empresa instalasse uma de suas máquinas no local. 

"Eu adorei a ideia de uma máquina que não te entrega salgadinhos, cerveja ou café em troca de dinheiro, e sim arte. Eu gostei muito do fato de você não precisar pagar", disse o cineasta no anúncio da parceria. Segundo ele, os contos, assim como os filmes, deveriam ser consumidos de uma vez só.

As máquinas da empresa têm feito bastante sucesso. Até o momento, a Short Édition possui 150 unidades disponíveis, a maioria na França e nos Estados Unidos. A ideia é que o aparelho seja levado para outros países e que ocorra um intercâmbio cultural — de acordo com Giraut, o objetivo é que as máquinas tenham histórias de autores diversos, trazendo novas visões de mundo para os leitores. 

Os funcionários do Cafe Zoetrope estão adorando a ideia. Desde que a máquina foi instalada, há cerca de um ano e meio, eles veem menos clientes no Instagram e cada vez mais pessoas concentradas na leitura e nas discussões que ela proporciona. No caso do restaurante, não é necessário ter uma reserva ou consumir algo no local para imprimir um conto: basta entrar e usar a máquina.

E essa ideia, quando chega ao Brasil?

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Cataki, o "Tinder" da reciclagem vence prêmio internacional

Um aplicativo chamado Cataki, disponível para Android e iOS, foi reconhecido na semana passada com o prêmio de inovação do fórum Netexplo, que é concedido anualmente para projetos de tecnologia com maior impacto social e nos negócios. 

A ferramenta sem fins lucrativos funciona essencialmente como um “Tinder da reciclagem”. Pessoas que precisam descartar materiais recicláveis — tais como móveis velhos, eletrônicos antigos, entulho e restos de poda — podem encontrar catadores independentes disponíveis para transportar esses materiais. Essas pessoas farão o descarte adequado do lixo, destinando-o a locais apropriados ou para reciclagem. 



"Lutamos pelo reconhecimento dos catadores de lixo, que são verdadeiros agentes ambientais. O app é uma forma alternativa de aumentar a renda dos catadores com um benefício ambiental sem preço", comentou o grafiteiro ativista Mundano, idealizador do Cataki, durante a cerimônia de premiação na sede da Unesco, em Paris. 

Ao todo, já são mais de 300 catadores registrados em mais de 30 cidades brasileiras. Como a ferramenta é destinada a uma população vulnerável, ela não requer que os catadores tenham um smartphone sempre consigo. O usuário procura uma pessoa nas proximidades para fazer o descarte de determinado material e, quando encontra alguém, acessa os contatos do catador para fazer uma ligação. 

"Como se trata de uma população muito vulnerável que ainda sofre com a exclusão digital, nós pensamos num conceito colaborativo que não demandaria muita tecnologia e sem nenhuma barreira de entrada", explica Breno Castro Alves, coordenador do projeto. 

"O Cataki propõe um contato real, permitindo que pessoas de diferentes classes sociais conversem sobre um problema comum", conclui. Nesse contato inicial, data e hora do serviço são agendados, e os catadores combinam com seus clientes o preço adequado para a realização do transporte do material. 

Os idealizadores do app arrecadaram R$ 160 mil para desenvolver a ferramenta e inscreveram seu projeto no prêmio de inovações tecnológicas do Netexplo, um observatório independente de estudos sobre o impacto de tecnologias na sociedade e nos negócios, parceiro da Unesco. Segundo a Deutsche Welle, mais de dois mil projetos de várias partes do mundo foram avaliados pela comissão do Netexplo, e o Cataki foi o vencedor.



sábado, 17 de fevereiro de 2018

Diretor de escola pública do interior paulista é finalista do Global Teacher Prize, o “Nobel” da Educação






O brasileiro Diego Mahfouz Faria Lima, diretor da Escola Municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto, São Paulo, foi anunciado esta semana como um dos dez finalistas do Global Teacher Prize, premiação anual, criada em 2014, pela Varkey Foundation. 

O prêmio, considerado um Nobel da Educação, tem como objetivo valorizar a profissão de professores e gestores, reconhecendo práticas inovadoras e exemplares nas escolas e desta maneira, inspirar estudantes, comunidades e meio acadêmico. 

Este ano, a competição recebeu a inscrição de 30 mil educadores, de 173 países. Entre diversos critérios de avaliação, os finalistas foram selecionados, principalmente, a partir de sua habilidade em inspirar os estudantes a aprender e os resultados concretos obtidos na sala de aula. 

Diego foi escolhido devido ao seu projeto “Minha escola: reconstrução coletiva“. Quando chegou na Escola Darcy Ribeiro para ser diretor, ela era considerada uma das piores do estado. Segundo ele, as salas de aula estavam pichadas e algumas, incendiadas. Já havia acontecido vários casos de violência no local. “No meu primeiro dia de trabalho, colocaram fogo no banheiro, jogaram água e maçãs em mim”, relembra. “Minha atitude simplesmente foi dizer que confiava neles, que eu não ia embora e queria ouvi-los”. 

Os relatos dos alunos eram que a escola era muito feia e punitiva. Pois Lima decidiu mudar isso. Mesmo com pouquíssimos recursos financeiros, com a ajuda da comunidade, o diretor reformou a escola. “Os pais estiverem presentes e com isso, surgiu um sentimento de pertencimento e respeito entre os estudantes”, diz.

Um local utilizado para consumo de drogas foi revitalizado e transformado em praça de leitura. E através do trabalho direto de Diego como mediador de conflitos, ele conseguiu reduzir a evasão escolar e o bullying. 

Graças ao seu esforço, dedicação e persistência, após 1 ano e quatro meses, o diretor da escola municipal paulista começou a colher os resultados de sua gestão participativa e democrática. 

Em 2015, Diego já havia recebido o Prêmio Educador Nota 10, iniciativa da Fundação Victor Civita e da Fundação Roberto Marinho, que reconhece o trabalho dos melhores professores e gestores do país.  

Este é o terceiro ano consecutivo que um brasileiro fica entre os dez finalistas ao prêmio internacional de educação. No ano passado, foi a vez do professor capixaba, Wemerson da Silva Nogueira, de 26 anos, ficar entre os dez finalistas. 

O trabalho desses profissionais é realmente inspirador, principalmente em um país, com seríssimos problemas na área de educação e que, infelizmente, ainda não os valoriza e nem os remunera da maneira adequada. Parabéns a eles!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Parque tecnológico de reciclagem popular

Está aí uma ótima iniciativa. Trocar a instalação de um presídio pela construção de um parque tecnológico com a finalidade de desenvolver pesquisas e educação ambiental que envolvam a criação de novas soluções na área da reciclagem. 

Desde o dia 08/12/2017, a Fazenda Sítio Novo em Esmeraldas, numa área de 44 hectares, está sendo disponibilizada para que o INSEA e MNCR, em parceria com o ORIS e a REDE CATAUNIDOS, possa levar adiante este projeto inovador nos próximos anos.

O Parque Tecnológico da Reciclagem Popular a ser instalado em Esmeraldas inova nos aspectos de integrar em seu espaço todas as possibilidades de reutilização, reuso e reciclagem, sendo um campo aberto de diversas experimentações, que vão desde o tratamento dos resíduos orgânicos para produção de alimentos saudáveis a geração de energias limpas, aproveitamento de água da chuva e restos de podas, arquitetura verde, produção de móveis de ecodesign, manejo sustentável de pequenas criações, estudos de reciclagem do vidro, pneus, resíduos da construção civil, produção de trabalhos artesanais de material de reuso, permacultura e conservação florestal, entre outros.


Foto: https://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/reciclagem-e-reutilizacao-lixo/


Fonte:
http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/governo-lanca-parque-tecnologico-da-reciclagem-popular
http://lixoecidadaniabh.org.br/vem-ai-o-1o-parque-tecnologico-da-reciclagem-popular-do-brasil/

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Brasileira ganha prêmio internacional ao criar sistema de dessalinização de água com grafeno

Tido como uma matéria-prima revolucionária, o grafeno é um derivado do carbono, extremamente fino, flexível, transparente e resistente (200 vezes mais forte do que o aço). Considerado excelente condutor de eletricidade, é usado para a produção de células fotoelétricas, peças para aeronaves, celulares e tem ainda outras tantas aplicações na indústria.

Por ser considerado um dos materiais do futuro, ele foi escolhido como tema do Global Graphene Challenge Competition 2016, uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo.  

E a brasileira Nadia Ayad, recém-formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, foi a grande vencedora do desafio. Seu projeto concorreu com outros nove trabalhos finalistas.



Nadia criou um sistema de dessalinização e filtragem de água, usando o grafeno. Com o dispositivo, seria possível garantir o acesso à água potável para milhões de pessoas, além de reduzir os gastos com energia e a pressão sobre as fontes hídricas. 

“Com a crescente urbanização e globalização no mundo e a ameaça das mudanças climáticas, a previsão é de que num futuro não muito distante, quase metade da população do planeta viva em áreas com pouquíssimo acesso à água”, afirma Nadia. “Há uma necessidade real de métodos eficientes de tratamento de água e dessalinização. Pensei que a natureza única do grafeno e suas propriedades, incluindo seu potencial como uma membrana de dessalinização e suas propriedades de peneiração superiores, poderiam ser parte da solução”. 

Como prêmio, a estudante carioca fará uma viagem até a sede da Sandvik, na Suécia, onde encontrará pesquisadores e conhecerá de perto algumas das inovações e tecnologias de ponta sendo empregadas pela empresa. Ela visitará ainda o Graphene Centre da Chalmers University. Esta não será a primeira experiência internacional de Nadia. A engenheira brasileira já tinha participado do programa do governo federal Ciências Sem Fronteiras, quando estudou durante um ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Agora ela pretende fazer um PhD nos Estados Unidos ou Reino Unido, pois acredita que, infelizmente, terá mais oportunidades para realizar pesquisas no exterior do que no Brasil. 

Esta não será a primeira experiência internacional de Nadia. A engenheira brasileira já tinha participado do programa do governo federal Ciências Sem Fronteiras, quando estudou durante um ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Agora ela pretende fazer um PhD nos Estados Unidos ou Reino Unido, pois acredita que, infelizmente, terá mais oportunidades para realizar pesquisas no exterior do que no Brasil.

A iniciativa de Nádia vem a se somar à pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Manchester que criaram uma peneira de óxido de grafeno capaz de filtrar partículas minúsculas. Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação científica “Nature Nanotechnology”. Segundo os pesquisadores, a peneira de óxido de grafeno conseguiu impedir a circulação de até 97% dos íons de cloreto de sódio, o principal componente do sal marinho.



Fonte: http://conexaoplaneta.com.br/blog/brasileira-ganha-premio-internacional-ao-criar-sistema-de-dessalinizacao-de-agua-com-grafeno/ http://www.conexaoboasnoticias.com.br/peneira-de-grafeno-agua-mar-transformada-em-potavel/